Menu fechado

Caged: País perdeu mais de 63 mil vagas de emprego formal em março

Comércio foi o setor que registrou maior retração

ctps

O Brasil perdeu 63.624 vagas de emprego formal em março, de acordo com dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) divulgados na quinta-feira (20/4) pelo Ministério do Trabalho. No mesmo mês do ano passado, a retração foi de 118 mil postos de trabalho.

Em fevereiro, o resultado havia sido positivo, com a criação de 35.612 vagas formais, o que levou o presidente Michel Temer a comemorar a retomada da criação de empregos depois de 22 meses seguidos de queda.

O mês de março apresentou uma variação negativa de -0,17% em relação ao estoque do mês anterior. Foram registradas 1.261.332 admissões contra 1.324.956 desligamentos. No acumulado do ano, a queda foi de 64.378 postos de trabalho.

O comércio foi o setor que registrou maior retração em março (-33.909 postos), seguido do setor de serviços (-17.086 postos), construção civil (-9.059 postos), indústria de transformação (-3.499 postos) e agricultura (-3.471 postos).

Região

Considerando apenas o setor do comércio varejista nos municípios da base do Sincomercio (Sindicato dos Lojistas e do Comércio Varejista de Americana, Nova Odessa e Santa Bárbara d’Oeste), em março houve fechamento de 75 postos de trabalho, resultado melhor que o de fevereiro – quando foram encerradas 97 vagas –, porém mais negativo se comparado ao mesmo mês de 2016, quando houve redução de 60 empregos formais no setor.

empregos-mar-2017

De acordo com o ministério do Trabalho, tradicionalmente, os resultados de março sofrem forte influência de fatores sazonais negativos. Um exemplo, segundo o ministério, é o comércio varejista, que se apresenta negativo no mês de março, mesmo em anos de forte crescimento econômico.

Segundo a assessora econômica do Sincomercio, Caroline Miranda Brandão, apesar de os números terem ficado fora da expectativa otimista do mercado, é natural que o crescimento do emprego ainda não tenha sentido os reflexos da economia. “A geração de empregos é um dos últimos fatores a sentir a melhora da economia. O importante é que, no geral, o país tem mostrado recuperação na produção, e a abertura de postos de trabalho é uma conseqüência natural e deve acontecer gradativamente”, explica.

(com informações da Agência Brasil)