Menu fechado

Com apoio do Sincomercio, Americana e Santa Bárbara recebem Circuito Sesc de Artes 2023

Com mais de 400 artistas e 700 atividades, 12 roteiros diferentes percorrerão municípios da Grande São Paulo, interior e litoral paulista

Com uma extensa programação nas áreas de música, dança, circo, teatro, cinema, literatura, artes visuais e tecnologias, o Circuito Sesc de Artes chega a 2023 levando uma programação gratuita com espetáculos, intervenções, mediações de leitura e oficinas, às praças, ruas e parques de 123 cidades do estado de São Paulo. O evento reúne 75 trabalhos artísticos distribuídos em seis finais de semana entre os dias 21 de outubro e 26 de novembro. A programação é gratuita e aberta para todos os públicos e idades.

O circuito é realizado pelo Sesc São Paulo em parceria com prefeituras municipais e sindicatos do comércio locais – em Americana e Santa Bárbara d’Oeste as atividades têm apoio do Sincomercio (Sindicato dos Lojistas e do Comércio Varejista de Americana, Nova Odessa e Santa Bárbara d’Oeste).

Fruto de uma curadoria coletiva, feita com as unidades do Sesc no estado, a escolha das atrações mostrou um olhar atento para a diversidade e a representatividade. Os artistas representam algumas das regiões do estado que acolhem as apresentações, cada uma com um roteiro de espetáculos. Nesta edição o Circuito Sesc de Artes conta com a participação de mais de 400 artistas.

Realizado desde 2008, o Circuito Sesc de Artes ao concentrar todas as atividades em espaços públicos, como praças e parques, que são pontos de referência em cada município, convida a população a desfrutar de uma programação diferente e vivenciar experiências únicas.

“É na confluência de ruas e sentidos, largos e praças, unindo expressões artísticas e públicos diversos, que ocorre o Circuito Sesc de Artes. Com tais iniciativas, que oferecem tanto experimentações socioculturais quanto vivências coletivas, o Sesc reitera sua atuação na difusão de conhecimentos, contribuindo assim para a ampliação de repertórios de seus públicos. E ao estimular a convivência com a diversidade de pessoas e ambientes, entendendo-a como elemento central de sociabilização, a instituição espera ainda reforçar as conexões democráticas que sustentam o tecido social”, comenta Danilo Santos de Miranda, diretor do Sesc São Paulo.

Nas cidades da região do Sesc Campinas, o público participa das atividades compostas pelos roteiros 5 e 6. Confira os destaques da programação de cada um deles.

Destaques do Roteiro 5

  • Americana – 22/10 (domingo) – das 16h às 20h
  • Local: Parque Vó Palmira (R. São Teodoro, 200)

A programação do ROTEIRO 5 traz a atividade Insetos Gigantes em Madeira (Arte no Quintal, SP). Concebido pela arte-educadora Danny Leite, o projeto inédito combina educação ambiental e um grande jogo de encaixe. Na primeira parte da atividade, por meio de uma série de caixinhas com insetos, as crianças conhecem o ciclo de metamorfose da borboleta e aprendem sobre a polinização e outros papéis importantes que os bichinhos desempenham na natureza. Depois, participam do quebra-cabeça com peças de madeira para produzir cinco figuras gigantes, como formiga, besouro e joaninha.

Dentro de CINEMA, o destaque é o Cinema em realidade virtual: Amazônia Viva (Dir: Estevão Ciavatta, Brasil, 2022, 10 min). Usando óculos e fones de ouvido especiais para experiências de realidade virtual, o público é transportado para a região do rio Tapajós e viaja ao coração da floresta no filme “Amazônia viva”. No filme, a líder indígena Raquel Tupinambá, da comunidade Surucuá, conduz a narrativa que ajuda a conscientizar sobre a importância do local e de sua preservação. Em 2023, a obra levou o prêmio de Melhor Filme de Realidade Virtual 360° no Barcelona Planet Film Festival.

Já em LITERATURA, Brincando com os Kariris-Xocós (Grupo Kariri-Xocó (AL/SE), o encontro convida a embarcar em um mundo desconhecido e interessante que mostra o dia a dia dos kariri-xocó, povo historicamente originário de Alagoas. Contos, cantos e poesias de autores indígenas ganham vida de forma teatralizada ou em números de música e dança. Sem abandonar a abordagem dos problemas que afligem as comunidades atualmente, a atividade tem uma irreverência bem-humorada que confere leveza e alegria ao cotidiano retratado nas obras literárias.

A programação de MÚSICA apresenta o DJ Simoníssima (SP). Ritmos brasileiros como samba, coco, carimbó, lambada, frevo e baião integram uma seleção musical dançante que representa diversas partes do país, com descobertas surpreendentes e velhos sucessos em nova roupagem. Educadora e pesquisadora, Simoníssima também assina trilhas sonoras de espetáculos, exposições, cinema e TV. Entre outros artistas, já dividiu o palco com Anelis Assumpção, Letrux, Vanessa da Mata, Orquestra Contemporânea de Olinda, Robertinho de Recife, Beto Barbosa e Saulo Duarte. Outro destaque musical são as Pastoras do Rosário (SP). Forrmado por oito mulheres pretas e idosas, o grupo coral Pastoras do Rosário surgiu em torno da comunidade da Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos da Penha de França, território ancestral tombado pelo governo e pelo município de São Paulo. Inspiradas pelo baobá, árvore de sustentação e resistência, elas usam as vozes maduras e melodiosas para mostrar um repertório com sambas das décadas de 1990 e 2000.

Já no TEATRO o destaque fica por conta dos Gigantes modernistas, da Pia Fraus (SP). Com grandes bonecos divertidos, estruturas infláveis e passos de dança, elementos presentes em vários de seus espetáculos, a companhia Pia Fraus apresenta importantes obras e artistas do movimento modernista brasileiro. Em cena, cinco atores utilizam diferentes técnicas para manipular os bonecões e falar de Tarsila do Amaral, Di Cavalcanti e Anita Malfatti, entre os pintores, e de músicos como Pixinguinha e Chiquinha Gonzaga.

Gigantes Modernistas

Destaques do Roteiro 6

  • Santa Bárbara D’Oeste – 29/10 (domingo) – das 16h às 20h
  • Local: Centro de Memórias Historiador Antonio Carlos Angolini (Rua João Lino)

A programação do ROTEIRO 6 traz a atividade Grafismos indígenas, do Centro de Convivência Indígena (SP). Formado por estudantes indígenas da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) em Sorocaba, o Centro de Convivência Indígena (CCI) promove uma vivência sobre a representatividade e os significados dos grafismos utilizados pelos povos Tukano, Kambeba, Sataré Mawé e Wauja. Símbolos que invocam proteção ou resistência, por exemplo, utilizados em cerimônias ou manifestações, são aplicados sobre a pele do rosto ou dos braços com tinta natural de urucum.

Dentro da linguagem de CINEMA, acontece o Cine Película, do Cine 16 (SP). Da descoberta da câmara escura às máquinas de projetar filmes, a vivência conduz os participantes pela história dos aparelhos que levaram ao surgimento do cinema. Na atividade, o público é convidado a manipular brinquedos ópticos como o taumatrópio, o flipbook e o zootrópio, invenções do século XIX que permitiam obter efeitos de imagens em movimento. A última parada apresenta as câmeras e películas cinematográficas, além de um projetor elétrico em funcionamento.

A programação CIRCENSE traz duas atividades. O espetáculo Móbile, da Cia Circo Delírio (SP), que comemora os 20 anos da Cia Circo Delírio. Em cena, transformações constantes levam a circunstâncias que mesclam as linguagens do circo contemporâneo, a comicidade e o teatro físico. Inspiradas pelo tema da mobilidade humana, as situações têm o cinema mudo como referência estética e mostram que, em um mundo balizado por fronteiras, romper barreiras, ampliar horizontes e conquistar espaços é um grande desafio. Já a oficina Parque do Circo, da Cia Circo Delírio (SP), é destinado a crianças, jovens e adultos. O Parque do Circo é um espaço itinerante recreativo que propõe brincadeiras baseadas em diferentes técnicas circenses. Com a ajuda dos monitores, os participantes percorrem um circuito com diversas atividades temáticas – como malabares, pontaria, equilíbrio e jogos coletivos – em dinâmicas que desafiam tanto o corpo quanto a mente.

Dentro da linguagem de DANÇA, acontece o espetáculo Cordas do Coração, do Ballet Stagium (SP). Fundada por Décio Otero e Marika Gidali em 1971, uma das mais tradicionais companhias de dança de São Paulo apresenta um espetáculo que investiga e homenageia as raízes brasileiras sem se ater a rótulos ou modismos. A partir da metáfora do coração como um instrumento de cordas, a trilha sonora combina temas de Johann Sebastian Bach e música caipira, com canções como “Tristeza do Jeca”, de Angelino de Oliveira, e “Viola quebrada”, de Mário de Andrade.

Já em LITERATURA, Leituras de Lá e de Cá, da Cia Oya ô (SP), apresenta os artistas e contadoras de histórias Denise Aires, Ana Moraes e Karen Santos, de Osasco. A proposta é promover uma mediação de leitura que busca aproximar crianças, jovens, adultos e idosos da diversidade presente nas culturas africana, afro-brasileira e diaspórica. Dentre os cerca de 50 livros no acervo do grupo, todas as narrativas escolhidas – como “Amoras” (Emicida e Aldo Fabrini), “De onde veio Odé?” (Nini Kemba Náyò e Edson Edblacc) e “Ombela: a origem das chuvas” (Ondjaki) – têm protagonistas negros.

E por fim, dentro da programação de MÚSICA, teremos DJ Meu Caro Vinho (Ivisson Cardoso, BA). Baiano de Salvador, o DJ, crítico musical e pesquisador Ivisson Cardoso adota o apelido de Meu Caro Vinho para discotecar. Sua seleção inclui clássicos da música preta mundial dos anos 1980 e 1990, boogies menos conhecidos da década de 1970 e canções dançantes que são marca registrada de seu estado. Além de atuar na capital paulista, onde mora, e em cidades como Araçatuba e Londrina, já mostrou seu som em rádios de Jundiaí e Franco da Rocha, no interior de São Paulo.