Menu fechado

Intenção de consumo das famílias atinge maior patamar desde maio de 2015

Segundo pesquisa da FecomercioSP, os sete itens analisados pelo ICF apresentaram crescimento, com destaque para Nível de Consumo Atual

carrinhos de compra

Em janeiro, o Índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) registrou 89,4 pontos, alta de 5% na comparação com dezembro (85,1 pontos), a sétima variação positiva consecutiva e a maior pontuação desde maio de 2015. No contraponto anual, houve crescimento de 17,7%, quando o indicador marcava 75,9 pontos.

O ICF é apurado mensalmente pela FecomercioSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo) e varia de zero a 200 pontos, sendo que abaixo de 100 pontos significa insatisfação e acima de 100, satisfação em relação às condições de consumo.

Pelo segundo mês seguido, todos os sete itens analisados pelo ICF apresentaram crescimento em relação a dezembro. O destaque ficou por conta do item Nível de Consumo Atual, que passou de 55,4 pontos em dezembro para 60,2 pontos em janeiro, alta de 8,7%. Esse aumento da propensão ao consumo está ligado em parte às liquidações de início de ano. No contraponto anual a alta foi de 26,1%, o 15º crescimento consecutivo.

O item Perspectiva de Consumo também cresceu, atingindo 91,9 pontos em janeiro, elevação de 4,9%. No comparativo com o mesmo período de 2017, a alta foi de 36,6%. O patamar ainda é de insatisfação, mas é o melhor resultado desde fevereiro de 2015.

O item Momento para Duráveis cresceu 7,9% em janeiro e 22,9% no contraponto anual, atingindo 68,8 pontos. Em um ano, houve uma redução de 69% para 62% entre os que disseram que é um mau momento para compra de bens como geladeira, fogão, TV etc.

Segundo a assessoria econômica da FecomercioSP, as variáveis que sustentam o movimento de alta são renda, crédito e emprego. Sobre o primeiro, o item Renda Atual registrou elevação de 5,9% e está quase voltando ao patamar de satisfação (acima dos 100 pontos), com 98,5 pontos. Na comparação anual, a variação é de 19,3%.

O item Acesso a Crédito passou de 82,8 pontos em dezembro para 86,9 pontos em janeiro, crescimento de 4,9%. A alta anual é ainda mais expressiva, de 25,8%, a 11ª consecutiva. O porcentual de entrevistados na capital paulista que responderam que está mais difícil para conseguir empréstimo para compras a prazo passou de 53% em janeiro de 2017 para 41% nesta última tomada.

A Federação reforça que, os dois itens relacionados ao emprego são os mais bem avaliados do ICF no mês e os únicos que estão no patamar de satisfação, acima dos 100 pontos. Os itens Emprego Atual e Perspectiva Profissional atingiram 107,2 e 111,9 pontos, respectivamente, ambos com elevação de 2,9%. Em relação a janeiro de 2017, o primeiro registrou alta de 7,9% e o segundo, 2,1%. Os números mostram, portanto, que a maioria dos paulistanos está segura no seu emprego e também projeta alguma melhoria profissional para o responsável pelo domicílio nos próximos meses.

Na análise por faixa de renda, o índice de intenção de consumo das famílias com renda abaixo de dez salários mínimos cresceu 5,7%, ao passar de 82 pontos em dezembro para 86,6 pontos em janeiro. Em relação ao mesmo período de 2017, a alta foi de 15,5%. Já o grupo de famílias com renda superior a dez salários mínimos atingiu 97,2 pontos em janeiro, elevação de 3,3% contra dezembro e 23,7% na comparação com o mesmo mês de 2017.

icf

A FecomercioSP ressalta que, apesar do ICF ainda estar abaixo dos 100 pontos, representando insatisfação em relação às condições gerais de consumo, a recuperação gradativa e consistente do indicador gera um cenário otimista para 2018. A melhora da renda via emprego e a consequente menor seletividade do crédito devem alavancar o consumo neste ano e, caso não haja nenhuma grande turbulência no campo da política que possa impactar a economia, o ICF tende a ultrapassar os 100 pontos – o que não acontece desde maio de 2015 – ainda no primeiro semestre de 2018.