A boa aceitação pelos consumidores é uma tendência tanto no setor de serviços quanto no setor de varejo

Os animais de estimação são considerados membros da família, e o tratamento dedicado a eles preza pelo bem-estar e conforto diários. Essa necessidade de cuidar e proteger é o impulsionador do mercado pet, que mesmo em um ano de crise conseguiu aumentar em 4,9% o faturamento, chegando a R$ 18,9 bilhões em 2016.
A boa aceitação pelos consumidores é uma tendência tanto no setor de serviços, como pet shop e hotelzinho, quanto no de varejo, que engloba rações, gaiolas e produtos de higiene, entre outros.
Para a assessora econômica da FecomercioSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo), Fernanda Della Rosa, o setor tem sido beneficiado com o fator de baixa elasticidade da demanda. “Por causa do envolvimento emocional, os gastos com animais têm tido prioridade no conjunto de gastos das famílias, por isso, não sofre tanto o impacto da crise econômica”, analisa.
Além disso, ela destaca que atualmente há uma mudança demográfica no País que favorece o crescimento do setor, já que existem casais com menos filhos e um aumento considerável na longevidade dos idosos. “Com tantos animais de estimação nas casas, o segmento demonstra que poderá se desenvolver no longo prazo”, estima.
Segundo a Abinpet (Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação), pet food (alimentos para animais) representa 67,3% do faturamento do setor. Em seguida, estão os segmentos de serviços, como banho e tosa, com 16,8%; pet care (equipamentos, acessórios e produtos de beleza) no terceiro lugar, com 8,1% e pet vet (produtos veterinários) em quarto lugar, com 7,8%.
“A variedade de produtos com diferentes faixas de preços viabiliza e facilita a compra. Grandes redes também parcelam o pagamento no cartão, o que permite a compra de maior quantidade de itens”, explica Fernanda.
No Brasil, há mais de 132,4 milhões de animais de estimação, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Calcula-se que os lares brasileiros possuam mais de 52 milhões de cães, mais de 37 milhões de aves, 22 milhões de felinos e 18 milhões de peixes.
Entre os animais de estimação exóticos e menos populares estão répteis, anfíbios e invertebrados.
No mercado mundial, o Brasil está em terceiro lugar em faturamento, com uma fatia de 5,14% de um total de US$ 105,3 bilhões de faturamento em 2016. De acordo com a Euromonitor International, o País está atrás dos Estados Unidos e do Reino Unido.
(por Priscila Trindade, especial para a FecomercioSP)