IPCA-15 ficou em 0,64% em julho; no acumulado em 12 meses, índice subiu para 4,53%
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que é uma prévia da inflação oficial do país, desacelerou de 1,11% em junho para 0,64% em julho, conforme divulgou nesta sexta-feira (20/7) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Apesar da desaceleração, essa foi a maior taxa para o mês de julho desde 2004 (0,93%), impactada sobretudo pela alta dos preços de alimentos, transportes e habitação. No acumulado em 2018, o avanço é de 3%.
No acumulado dos últimos 12 meses, o IPCA-15 acelerou para 4,53%, acima dos 3,68% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores e levemente acima do centro da meta de inflação do Banco Central para o ano, que é de 4,5%.
Vale destacar, entretanto, que a referência para o cumprimento da meta é o IPCA do fim do ano. O IPCA-15 mediu a variação dos preços no período de 14 de junho a 12 de julho. Pesquisa da Reuters com economistas estimava alta de 0,75% para o indicador.

O QUE MAIS PESOU
Apesar da desaceleração de junho para julho, os preços dos alimentos e bebidas subiram em média 0,61%, ainda refletindo os prejuízos provocados pela greve dos caminhoneiros em algumas cadeias de produção. Entre as maiores altas, destaque para o leite longa vida (18,30%), o frango inteiro (6,69%), o frango em pedaços (4,11%), o arroz (3,15%), o pão francês (2,58%) e a carne (1,10%). Já alimentação fora ficou 0,38% mais cara em julho.
Já as maiores quedas foram observadas nos preços da batata-inglesa (-24,80%), tomate (-23,57%), cebola (-21,37%), hortaliças (-7,63%) e frutas (-5,24%).
(fonte: G1)