CNC espera crescimento 5,6% no volume de vendas
O Dia dos Namorados é comemorado no Brasil no dia 12 de junho, a próxima quarta-feira. A data surgiu em 1948, quando o publicitário João Agripino Dória realizou a primeira campanha com o tema que, à época, marcava um período de esfriamento do varejo.
Quase 80 anos depois, a proposta segue como um “caso de sucesso”, e o Dia dos Namorados aparece entre as três principais do ano para o comércio. De acordo com a Neotrust, empresa especializada na análise de dados do mercado digital, há um aumento notável nas compras durante as duas semanas anteriores à data.
Comparando o período com as duas semanas imediatamente anteriores, o faturamento do e-commerce brasileiro já registrou um aumento de 8,4%, correspondendo a um acréscimo de R$ 834,4 milhões, segundo a empresa.
EXPECTATIVA
A expectativa entre todos os setores do comércio é unânime: as vendas devem crescer em 2024. A CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo) estima uma alta de 5,6% no volume de vendas no varejo brasileiro, totalizando saldo de R$ 2,59 bilhões.
“Mesmo que o cenário macroeconômico ainda apresente desafios, o avanço nas vendas projetadas para o Dia dos Namorados reflete uma melhora nas condições de crédito e na confiança do consumidor”, aponta José Roberto Tadros, presidente da CNC.
Só o setor de shoppings espera ver o movimento subir 4,2%, faturando R$ 4,4 bilhões no período de 6 a 12 de junho. De acordo com a Abrasce (Associação Brasileira de Shopping Centers), 81% dos shoppings estão otimistas com a data.
Já para o comércio eletrônico, a Neotrust destaca que o setor teve um crescimento de 12,7% no primeiro trimestre, a maior alta em um ano. Se a tendência seguir, a empresa estima que o e-commerce deve embolsar R$ 7,08 bilhões no Dia dos Namorados. A ABComm (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico) tem uma aposta um pouco mais otimista, de faturar R$ 7,5 bilhões.
De acordo com o Sebrae-SP, o movimento no próximo dia 12 pode beneficiar cerca de 446 mil pequenos negócios. Dentre eles, 384 mil são Microempreendedores Individuais (MEIs) e 62 mil micro e pequenas empresas.
E-COMMERCE
A forte expressão do comércio eletrônico pode estar relacionada com os hábitos do consumidor. “Os consumidores têm utilizado as lojas para ver e experimentar os produtos, e não necessariamente para adquiri-los. O consumidor assegura-se do que vai comprar e então faz uma pesquisa online para ver onde consegue adquirir com preço mais baixo”, aponta o CEO da Consultoria MR16, Marcelo Reis.
(fonte: CNN Brasil)