Menu fechado

Consumidor deve voltar a comprar a prazo

Dados são de pesquisa da FecomercioSP

A propensão para consumir crédito, assim como o aumento da oferta para as famílias, deve aumentar em especial no segundo semestre do ano. A estimativa da FecomercioSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo) leva em consideração a recuperação das vagas de emprego eliminadas durante a crise econômica e, com isso, a recuperação da confiança de empresários e consumidores.

Em fevereiro, a Pesquisa de Risco e Intenção de Endividamento (PRIE), elaborada mensalmente pela Entidade, aponta que a intenção de financiamento caiu 12%, ao atingir 45,2 pontos. Isso significa que 21,9% dos entrevistados no Estado de São Paulo pretendem comprar algum produto parcelado ou financiado nos próximos três meses. O número é considerado estável com o porcentual de entrevistados que planejavam fazer algum tipo de financiamento em fevereiro do ano passado (21,1%), mas menor que o registrado no primeiro mês deste ano (25,2%).

Esse tipo de resultado é esperado para o início de ano. Segundo a assessoria econômica da FecomercioSP, é normal que as famílias estejam mais empenhadas em quitar as dívidas criadas no fim do ano, na época do Natal, do que criar novos compromissos financeiros. Em dezembro, com o acréscimo do décimo terceiro salário, a intenção de financiamento avançou 18,3% e alcançou os 55,3 pontos.

A PRIE mostra ainda que 41,4% das pessoas analisadas possui algum tipo de aplicação financeira (ante 39,4% em janeiro) e 58,3% não possuem nenhum tipo de investimento (contra 60,3% no mês anterior).

Esses dados influenciaram na alta do índice de segurança de crédito – que mede a capacidade do consumidor de pagar dívidas. O indicador teve elevação de 5,1%, ao passar de 79,1 pontos em janeiro para 83,1 pontos em fevereiro. Em fevereiro passado, o indicador ficou em 80,6 pontos.

Aplicações

O perfil dos investimentos dos entrevistados continuou em fevereiro focado na poupança. De acordo com a pesquisa, 58,9% responderam que esse é o modelo preferido dos paulistanos. Em seguida vieram renda fixa, com 18,3%; previdência privada, com 9%; e ações da Bolsa de Valores, com 5,3%.