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Em um ano, novo mínimo deve injetar R$ 28,6 milhões na economia da região

Novo piso federal começou a ser recebido em fevereiro por trabalhadores e beneficiários do INSS

Caroline alerta: desta vez não houve ganho real
Caroline alerta: desta vez não houve ganho real

O novo salário mínimo deve injetar, em um período de 12 meses, cerca R$ 28,6 milhões na economia dos municípios da base do Sincomercio (Sindicato dos Lojistas e do Comércio Varejista de Americana, Nova Odessa e Santa Bárbara d’Oeste). A análise é da assessora econômica da entidade, Caroline Miranda Brandão, com base na população dessas três cidades que recebem o piso nacional. O “mínimo” de R$ 937 entrou em vigor em 1º de janeiro e é 6,48% maior que os R$ 880 pagos até dezembro de 2016.

Para chegar ao montante, a economista considerou o número de trabalhadores de Americana, Nova Odessa e Santa Bárbara d’Oeste que recebem até um salário mínimo, com base na Rais (Relação Anual de Informações Sociais), informada pelas empresas ao Ministério do Trabalho. O levantamento também leva em conta a quantidade de beneficiários do INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social) nesta condição.

“Para obter o valor, foi multiplicada a diferença entre o atual e o antigo salário mínimo pela quantidade de pessoas que recebe este valor mensalmente, sejam trabalhadores ou inativos (beneficiários)”, explica Caroline.

Análise

A economista considera que qualquer incremento no poder de compra do consumidor seja importante, principalmente em tempos de crise econômica. No entanto, ela alerta para o fato de que, desta vez, não houve ganho real, uma vez que o reajuste aplicado no salário mínimo foi inferior à inflação medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor). “Pela primeira vez em 20 anos o reajuste dos benefícios do INSS de quem ganha acima de um salário mínimo foi superior ao aumento do salário mínimo”, conclui.

“Mínimo regional”

O levantamento não leva em conta os trabalhadores que recebem o Piso Salarial Regional de São Paulo, conhecido como “mínimo estadual”, uma vez que o novo valor ainda não foi aprovado pela Assembléia Legislativa. Se sancionado, incrementará 7,62% nos rendimentos dos trabalhadores da iniciativa privada que não possuem piso salarial definido por lei federal, convenção ou acordo coletivo de trabalho. Em 2016, o novo piso estadual entrou em vigor em abril.