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Fevereiro: Após quase 2 anos, emprego formal cresce no país

Comércio ainda patina, mas tendências são otimistas

comercio centro americana sp

A economia brasileira voltou a gerar empregos com carteira assinada em fevereiro. No mês passado, as contratações superaram as demissões em 35.612 vagas. Foi a primeira vez em 22 meses que o país registrou abertura de postos de trabalho. O resultado foi comemorado pelo governo, que convocou uma entrevista coletiva nesta quinta-feira (16/3) para fazer o anúncio.

Participaram do evento, no Palácio do Planalto, o presidente Michel Temer e o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira. Temer disse que os dados do emprego são “boas novas” e um sinal da retomada do crescimento da economia brasileira. Segundo o presidente, esses sinais são “a cada dia, mais claros”.

Os números do emprego divulgado nesta quinta têm como base o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). A criação das 35.612 vagas de emprego é resultado de 1.250.831 admissões e de 1.215.219 demissões em fevereiro. No acumulado do primeiro bimestre de 2017, porém, o país registra fechamento de 5.475 postos de trabalho. Antes de fevereiro, o último mês em que houve mais contratações do que demissões março de 2015, quando foram criados 19,2 mil postos de trabalho.

Por setor

O setor de serviços foi o que mais gerou empregos formais em fevereiro: 50.613. A administração pública ficou em segundo lugar: 8.280. A agropecuária criou 6.201 postos de trabalho no mês passado e a indústria de transformação 3.949 vagas de emprego formal. O comércio, porém, manteve as demissões e, no mês passado, fechou 21.194 vagas. A construção civil também cortou postos de trabalho formais: 12.857.

Região

Nos municípios da base do Sincomercio (Sindicato dos Lojistas e do Comércio Varejista de Americana, Nova Odessa e Santa Bárbara d’Oeste), o setor varejista ainda sente os efeitos da crise. No total, segundo o Caged, foram fechados 97 postos de trabalhos formais, ante um saldo positivo de 55 em fevereiro de 2016. Os setores que mais contribuíram para os números negativos foram Lojas de Vestuário, Tecido e Calçados; Lojas de Eletrodomésticos e Eletrônicos; e Supermercados.

Análise

Para a assessora econômica do Sincomercio, Caroline Miranda Brandão, apesar de o setor do comércio varejista ainda estar em baixa na geração de empregos, o contexto geral tende a beneficiar a categoria no médio prazo. “A indústria de transformação passou a gerar emprego, diferente do ano anterior, nas três cidades. Destaque também para serviços em Americana e para Agropecuária em Santa Bárbara D’Oeste”, explica. “A melhora do emprego nos outros setores apontam numa tendência otimista pois, com o maior número de pessoas empregadas na economia como um todo, elas tendem a aumentar seu consumo e gastar nos estabelecimentos comerciais locais”, conclui Caroline.